Déjà Vu

Você já teve a sensação de estar a vivenciar um momento que já tinha acontecido antes?

Ou talvez sentiu um cheiro que te lembra sua infância?

Se sua resposta for sim para qualquer uma destas perguntas, pode ter a certeza que era um déjà vu.

Deja vu ou ja visto em portuguesE então, isso é normal e acontece com todos.

Quer entender por que isso acontece com você? É só continuar a ler…

Um déjà vu é um termo da língua francesa que significa “Já Visto”.

Pode-se descrever como uma sensação desencadeada por um facto presente que faz com quem o sofra se pareça estranhamente que já presenciara aquela específica situação, quando na verdade não.

Por vezes temos a estranha sensação de estar a vivenciar um momento que já tínhamos vivenciado antes, tendo uma imagem bem nítida do mesmo ângulo, dos mesmos movimentos, das mesmas palavras, e sem que nos apercebamos a sensação pára, e ficamos a pensar: será que já aconteceu?



Uma pesquisa feita nos EUA e Europa, revelou que pelo menos dois terços das pessoas já tiveram deja vu pelo menos uma vez na vida. Mas, existem pessoas que são campeãs em déjá vus.

Em tudo que fazemos na vida, sempre existe alguém que nos supera, eis alguns casos de déjà vus que superam a minha e sua expectativa:

Morton Leeds era um jovem estudante dos anos 40, e tinha uma média de um déjà vu a cada 2,5 dias, mas para a nossa surpresa, um especialista de nome Moulin que se dedica ao estudo de déjà vus, encontrou pacientes que vivem num déjà vu eterno, onde tudo parece já ter acontecido.

Imagina como seria viver a pensar que tudo que acontece já aconteceu :-D. Seria muito estranho.


Explicação Científica e Causa

O cérebro possuí vários tipos de memória, como a memória imediata, responsável, por exemplo, pela capacidade de memorizar um número que é dito e logo de seguida esquecê-lo; memória de curto prazo, que dura algumas horas ou dias e a memória de longo prazo que dura meses ou até anos, como o aprendizado de uma língua.


Deja Vu
O déjà vu ocorre quando há uma falha cerebral.

Veja: os factos que estão a acontecer são armazenados directamente na memória de longo ou médio prazo, sem passar pela memória imediata, o que nos dá a sensação de o facto já ter ocorrido.

Como alguns psicólogos e cientistas explicam o déjà vu?:

Em 2004, dois psicólogos fizeram uma experiência com alunos de duas faculdades.

Esta experiência consistia em deixar os alunos a ver fotos do Campus das duas diferentes instituições, e pediram para que encontrassem duas cruzes escondidas sem prestar atenção ao fundo.

Uma semana depois, mostraram as mesmas fotos aos alunos, perguntando se já haviam estado nos locais (no caso, as duas universidades diferentes). Vários alunos afirmaram ter estado nos locais, sem jamais ter pisado os lugares.

A explicação estabelecida pelos psicólogos é que, ao ver a imagem sem notá-la, o cérebro guarda-a, mas você não sabe disso a nível consciente.

Assim, o déjà vu seria o acesso à memórias que não sabemos que temos.


Deja Vu
Um outro cientista de nome Susumo Tonegawa, estudou a relação entre fragmentos de memória e sua capacidade de desencadeamento – por exemplo, você sente um cheiro que te lembra sua infância (já aconteceu dezenas de vezes comigo) – e descobriu uma região específica de actividade no cérebro.

O local é o giro dentado, que fica no lobo temporal. Para testar a sua teoria, ele estudou a área com um rato modificado geneticamente, que tinha o tal do giro dentado deficiente.

Numa caixa com fundo metálico, de onde partiam choques, foram colocados o rato “deficiente” e um normal.

Na caixa os ratinhos receberam pequenos choques, ambos ficaram paralisados por causa dos choques.

Então, foram colocados numa caixa idêntica à primeira, mas sem choques.

Para a nossa surpresa, os ratos ficaram paralisados ao entrar na caixa, como se os choques tivessem começado de novo.

Mas, depois de algum tempo, o rato normal percebeu que já não recebia choques e voltou a normalidade.

Mas o rato deficiente continuou paralisado, como se os choque estivessem a ser repetidos.

O que acontecia é que o rato confundia memória com realidade. Para Tonegawa, esse fenómeno revelava a mecânica dos déjà vus.

Ele concluiu que o giro dentado ineficiente, fez o rato perder a capacidade de diferenciar uma caixa da outra, levando o rato a um déjà vu eterno.

Muito curioso isso dos déjà vus nem? Responda aí nos comentários: como você acha que seria viver déjà vus eternos?

Para mim, seria muito estranho, eu até imaginaria que já tinha escrito esse artigo enquanto não...

Deixa sua opinião, se você se lembra de algum déjà vu que teve, pode contar também, vou adorar ler.

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Escrito por: Paulo Amosse Cuambe